Mensagem da Diretoria-Executiva

Cenário de 2023 e perspectivas para 2024

É com satisfação que a Fundambras apresenta a você o Relatório Anual referente ao exercício de 2023. No início do ano, anunciamos a adesão da Fundambras ao Código de Conduta do Grupo Anglo American, em substituição ao texto vigente até janeiro de 2023. A alteração representa uma garantia adicional a todos os participantes, pois assegura que a administração da Entidade perseguirá os elevados padrões de conduta profissional e o comportamento ético estabelecidos para o Grupo Anglo American. O Código de Conduta está acessível em nosso site, basta você consultar a aba Governança.

Ainda sobre governança, em agosto, foi concluída a implantação do CNPJ por plano de benefícios. As normas do setor determinam que os ativos de um plano devem ser mantidos segregados de outros, para tornar o sistema mais seguro para todos. A Fundambras já mantinha os ativos e registros segregados por plano (Básico e Suplementar) e por perfil (Vitalício e Financeiro), mas agora os recebimentos e os pagamentos foram separados em contas correntes diferentes para cada plano.

O novo procedimento alterou ligeiramente a rotina de alguns participantes. Os aposentados e beneficiários que recebem benefício dos planos Básico e Suplementar passaram a verificar, no extrato, depósitos oriundos dos dois CNPJs. Já os participantes autopatrocinados passaram a realizar suas contribuições mensais através de dois boletos bancários. Os demais participantes não sofreram nenhum impacto operacional ou financeiro.

NOSSOS INVESTIMENTOS – Nos investimentos, os resultados de 2023 bateram o objetivo e a meta atuarial. O perfil Renda Financeira valorizou 12,82% no Plano Básico e 12,81% no Plano Suplementar. O perfil Renda Vitalícia, 11,64% no Plano Básico e 11,83% no Plano Suplementar. O objetivo e a meta atuarial dos planos fecharam em 10,85% no ano. Segundo uma consultoria especializada, os resultados ficaram em linha com a mediana de outros planos de previdência fechada (12,79%).

Operamos os investimentos num cenário volátil no curto prazo, carregado de incertezas quanto ao futuro, muito embora o pano de fundo mostrasse certa recuperação econômica e controle inflacionário pós-pandemia.

No Brasil, os juros básicos da economia entraram em rota de queda no segundo semestre. Após serem mantidos em 13,75% por um ano seguido para combater pressões inflacionárias, em agosto o Banco Central iniciou a flexibilização das taxas até encerrar o ano em 11,75%. Para 2024, a expectativa é baixar até 9% segundo o Boletim Focus, o que deve melhorar o ambiente de negócios, embora os juros reais estejam longe dos praticados em países desenvolvidos.

O PIB brasileiro cresceu 2,9% no ano, ante 3,0% em 2022, e a inflação baixou de 5,79% para 4,62% no ano passado. O dólar perdeu 8,08% em relação ao real. A bolsa brasileira subiu 22,28%, em rali de fim de ano, porém não sustentado neste primeiro trimestre de 2024.

Localmente, as maiores dúvidas concentram-se na capacidade do governo de manter o equilíbrio fiscal, em um ambiente onde o front político ultrapolarizado não tem colaborado em nada com a condução da política econômica.

CENÁRIO INTERNACIONAL – No mundo, o panorama econômico alimentou certo otimismo, com desinflação e expectativa de cortes de juros. As bolsas de valores nos Estados Unidos, na Europa e na Ásia também apresentaram saltos significativos em 2023, exceto na China, que desacelera seu ritmo de crescimento. Mas a questão que tende a concentrar os olhares do mercado financeiro é o início da queda dos juros americanos.

Entre o fim de 2022 e meados de 2023, o Federal Reserve, banco central americano, promoveu uma brutal elevação das taxas de juro de referência, do intervalo entre 0% e 0,25% ao ano para o intervalo entre 5,25% e 5,50%. A expectativa do mercado era que o retorno à normalidade pudesse iniciar-se logo após o primeiro trimestre de 2024. Só que o aquecimento da economia americana, o baixo desemprego, um repique da inflação e mesmo fatores externos podem adiar o processo, baixando as expectativas e podendo interferir na queda da taxa de juros do Brasil.

Enquanto a atmosfera econômica se desanuviou, o cenário geopolítico se agravou no ano passado. Prosseguiu a tensão política e econômica entre os Estados Unidos e a China. A Rússia não dá sinais de encerrar a agressão contra a Ucrânia, e os conflitos no Oriente Médio ganharam escala. Essas situações trazem volatilidade ao mercado financeiro global e local.

O QUE VEM POR AÍ – Falando de 2024 e de futuro, é importante salientar a mudança nas regras de tributação da Previdência Complementar publicadas em janeiro deste ano, que permite a alteração ou opção pelo Regime Tributário mais adequado no momento em que  você for receber um benefício do plano.

Em outras palavras, somente quando solicitar o benefício de resgate ou de aposentadoria, você indicará qual o Regime Tributário (progressivo ou regressivo) desejado para incidir sobre o seu benefício a ser pago pela Fundambras. Mas lembre-se de que essa decisão é irretratável, portanto avalie com cuidado sua situação tributária antes de tomar a decisão.

A novidade caiu bem para todos, pois até então tínhamos de fazer a opção no início do plano, o que podia ter acontecido havia 30 anos, por exemplo. Essa era uma reivindicação antiga do setor, finalmente atendida pelos órgãos reguladores.

Neste ano, a administração da Fundambras também está trabalhando em projetos que devem trazer modernidade para os planos de benefícios, assim como para permitir que estejamos mais próximos dos nossos participantes. Com o programa Fundambras Vai até Você, estamos organizando apresentações presenciais nas localidades das patrocinadoras para esclarecer o funcionamento dos planos e responder a dúvidas apresentadas na hora.

Também consta do programa a realização de apresentações de resultados de investimentos e a promoção de sessões para explicar a melhor maneira de utilizar as informações e ferramentas do nosso site. Fique atento aos convites e não deixe de participar!

Boa leitura!