Mensagem da Diretoria-Executiva

Cenário de 2022 e perspectivas para 2023

É com satisfação que a Fundambras apresenta a você o Relatório Anual de Informações referente ao exercício de 2022. Neste momento, é um alívio podermos voltar nossas mentes aos afazeres cotidianos, em casa e no trabalho, e cuidarmos ainda mais da nossa saúde física e mental.

Sentimos a alegria de reencontrar os colegas no escritório e constatar que atendemos a todos os participantes em suas demandas no período pandêmico. O uso intensivo da tecnologia está sendo fundamental para manter o regime híbrido e as reuniões online, com ganho de produtividade, de acesso às informações e de economia de recursos no trabalho.

Já no início de 2022, recebemos sangue novo nos órgãos de administração da Fundambras. Foram eleitos representantes dos participantes nos conselhos Deliberativo e Fiscal para o triênio 2022-2025. Nesta eleição, tivemos mais candidatos que vagas, e os mantivemos como suplentes para ocupar assento em caso de vacância. Eles são convidados a participar das reuniões periódicas para se familiarizarem com os assuntos em pauta. Nossos agradecimentos aos novos conselheiros e desejos de ótima gestão!

Os procedimentos internos da Entidade, por sinal, passaram por rigoroso teste no segundo trimestre. A Auditoria Corporativa do grupo Anglo American validou nossos controles e processos com a qualificação mais alta (“Good”). Foi destacada a qualidade do atendimento de nossos profissionais aos auditores, com comunicação clara e técnica.

Você também pode analisar as informações da Fundambras. Colocamos no ar a página “Transparência” em nosso site. Ela contém os principais documentos da Entidade na íntegra, e conta com um índice de assuntos para facilitar a consulta. A informações são fresquinhas, atualizadas todo mês. Aguardamos sua visita!

Outra importante realização no ano foi a revisão do estudo de imunização do passivo atuarial dos planos de benefício. O processo visa garantir um fluxo de recursos adequado para pagamento dos benefícios dos participantes que recebem renda vitalícia e, ao mesmo tempo, evitar eventual déficit futuro.

Nossa administração enxuta também comemorou a realização orçamentária real abaixo da estimada em 2022. Nossos custos situam-se consistentemente abaixo da inflação, como você pode conferir na seção Destaques do Ano.

Nos investimentos, nossa gestão obteve rendimento consolidado para renda financeira de 8,02% no Plano Básico e 8,31% no Plano Suplementar. O desempenho esteve em linha com a mediana do mercado de fundos de pensão, de 8,53%, segundo consultoria especializada.

Um movimento para incrementar a rentabilidade é o aumento da posição em títulos públicos, que deve mostrar resultados neste ano. Outro movimento no mesmo sentido foi a venda dos 13 andares do Edifício Chrysler, situado no centro de São Paulo. O negócio vai gerar recursos para futura realocação em outras classes de ativo. Veja mais detalhes na seção Investimentos.

A gestão dos recursos em 2022 se deu num período repleto de desafios. Na economia global, a invasão da Ucrânia pela Rússia gerou pressão política na Europa e um choque dos preços de commodities agrícolas e energia, que por sua vez contribuiu para que grande parte dos países registrassem taxas de inflação muito acima de suas metas. O processo gerou mais incertezas, volatilidade e elevação das taxas de juro nas principais economias.

No Brasil, apesar do crescimento do PIB em 2,9%, o Banco Central continuou elevando a taxa de juros básicos da economia de 9,25% até 13,75% ao ano, na tentativa de conter a inflação originada em 2021 (IPCA de 10,06%) e que fechou 2022 em 5,79%. A alta dos juros afetou diretamente o crédito para as empresas e pessoas físicas.

A eleição presidencial no cenário político polarizado também contribuiu para o aumento da volatilidade das principais classes de ativo. Os principais indicadores de mercado fecharam 2022 com disparidade: CDI a 12,39% (taxa de juros entre bancos); IMA-B a 6,37% (juros de longo prazo – títulos públicos); IRF-M a 8,82% (prefixado – títulos públicos); Ibovespa a 4,68% (ações – renda variável); e dólar a -6,50% (moeda americana).

O ano de 2023 deverá ser marcado pela reversão do processo inflacionário global e ajustes das taxas de juros nos principais mercados. O Brasil deve se beneficiar desse processo global, o que poderá permitir o retorno da inflação brasileira à trajetória de metas e um possível processo de queda da taxa de juros. O comprometimento do atual governo com o equilíbrio fiscal é determinante para o comportamento das principais variáveis macroeconômicas, assim como para os preços dos ativos domésticos.

Boa leitura!